


Serve para lembrar aos ateus
Que um cristão, por mais que o seja,
Não tem confiança em Deus!"
(António Aleixo)
"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."
(Fernando Pessoa, "Tabacaria")
"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma".
(Chico Buarque)
ESPERO QUE NINGUÉM ANDE PERDIDO!!!
"E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!"
(Florbela Espanca)
"Não há qualquer morada a oeste do rosto.
Tudo acontece aqui,
na escassez da pele
e do tempo que os meus dedos demoram sobre ti.
Não há qualquer destino para além deste pequeno presente,
tudo amanhece no rosto, até a nostalgia dos segredos."
(Ângela Almeida, in "Nove Rumores do Mar")
Há milhões de anos atrás, surgiu, não sei se do nada, não sei se de algo que nos transcende, o planeta Terra, o nosso mundo.
Nascemos, crescemos, evoluímos, pensámos que nos tornámos inteligentes e demo-nos o direito de nos sentirmos superiores e de comandar o nosso reino.
Tudo o que existe nos pertence, usamos e abusamos daquilo que a nossa Mãe Natureza tão gentilmente pôs ao nosso dispor. E porque não? Só nós somos importantes, tudo o resto só existe para nos servir.
Um dia, talvez por capricho, não sei, decidimos tirar os animais do seu habitat natural, amestrá-los, torná-los quase escravos das nossas vontades. Muito se comprazem os seres humanos ao verem os seus esbeltos animais obedecerem ás suas ordens idiotas: “Salta”, Rebola”, ou mesmo ao levarem-nos a concursos como se lhes estivessem a fazer um favor.
Tão inteligentes que nós somos... apenas falhamos num simples pormenor: esquecemo-nos do que lhes é inato, a sua natureza, o instinto selvagem que lhes corre no sangue, nunca se extinguindo, relembrando-lhes a sua dignidade.
Um dia revoltam-se, deixam de ser bichinhos de estimação obedientes e o seu instinto fala mais alto, grita por liberdade.
Nesse instante, em que a natureza supera qualquer acção racional,
nós ficamos abismados e até pensamos: “Meu Deus! Como é possível? Mas ele era tão meiguinho! Talvez seja melhor mandá-lo abater...”. Choramos um bocadinho, talvez para mostrar a nossa grande sensibilidade, e continuamos as nossas vidinhas de seres superiores e inteligentes.
Ás vezes penso, se no inicio dos tempos, a arrogância que habita em muitos de nós, contaminasse os animais e eles decidissem tirar-nos do nosso habitat natural, nos amestrassem e violassem da maneira mais horrenda todos os nossos direitos...
Ah! Mas isso não é possível, somos inteligentes demais...
A musica foi uma sugestão do Tino! (http://renascerdacinza.blogspot.com)
"O amor é o amor - e depois?
"As pessoas grandes cansam. Cansam muito. As pessoas grandes dizem mentiras, têm inveja umas das outras, não sabem chorar quando as coisas fazem pena, ensinam às crianças que os homens não choram e acham que isso é ser forte. As pessoas grandes não sei para que é que cresceram: poluíram a Terra toda, inventaram bombas, fazem guerras em tudo quanto é lado(...)."
"...cada pessoa, durante a sua existência, pode ter duas atitudes: Construir ou Plantar. Os construtores podem demorar anos nas suas tarefas, mas um dia terminam aquilo que andaram a fazer. Então param, e ficam limitados pelas suas própria paredes. A vida perde o sentido quando a construção acaba. Mas existem os que plantam. Estes, às vezes, sofrem com as tempestades, as estações, e raramente descansam. Mas, ao contrário de um edifício, o jardim nunca pára de crescer. E, ao mesmo tempo que exige a atenção do jardineiro, também permite que, para ele, a vida seja uma grande aventura.
Os jardineiros reconhecer-se-ão entre si porque sabem que na história de cada planta está o crescimento de toda a Terra."
(Paulo Coelho in "Brida")